
Sistema Fascial e o Paradigma da Complexidade
2 de abril de 2020
ARTIGO: EMBRIOLOGIA DO SISTEMA FASCIAL
31 de agosto de 2020Sou pai há 9 meses. Em poucas – mas precisas palavras – posso descrever essa experiência como “Mágica!”. Quanto mais eu cuido do Ravi, mais amor eu sinto. Mais vínculo formamos. E mais mágica se torna a experiência. Por que isso acontece?
Meu primeiro pensamento é: para que possamos sobreviver como espécie. O que está correto. Bebês precisam ser muito cuidados. Algo precisa acontecer para “garantir” que eles recebam esse cuidado. Mas então, que algo é esse que acontece?
Descobri que a resposta está na química cerebral, mais precisamente, num hormônio chamado ocitocina. A ocitocina é liberada durante a gravidez e amamentação. Ela ajuda nessas funções fisiológicas – facilitando o parto e o aleitamento, e também promove o vínculo – nesse caso – entre mãe e bebê. Mas e os pais? O que faz com que eles se vinculem aos filhos? A resposta, novamente, está na ocitocina. Quanto mais os pais cuidam dos filhos, mais ocitocina é produzida (no hipotálamo), aumentando assim o vínculo entre eles. A quantidade de ocitocina dos pais pode chegar a ficar igual à das mães.
A chave, como vemos, está no cuidar. A ocitocina é liberada no cérebro durante todas as atividades que ajudam a estabelecer vínculos sociais (incluindo os vínculos familiares, mas indo muito além deles!). Portanto, quanto mais cuidamos uns dos outros (e não apenas dos nossos filhos), mais ocitocina estamos produzindo, e mais amor podemos sentir por todos os seres. E assim, podemos contribuir para um mundo melhor.
Fica o convite!
Texto: Cristiano Queiroz
(imagem: exame feito no laboratório do Instituto de Tecnologia de Massachusetts em 2015)